terça-feira, 30 de abril de 2013

Certamente talvez não sabemos

          Quantas coisas acontecem por acaso? O raio que atinge um ser humano, as fezes de pombo que sujam uma camisa, a bala perdida que atravessa um crânio, a camisinha furada que causa uma gravidez, o amor que surge quando menos se espera...

          As vezes, quando se pensa na vida, vemos o caos em todos os lugares. Um "caos organizado" que nos dá indícios do destino e do acaso ao mesmo tempo. Um acidente que não ocorre por centímetros, um bebê retirado morto de uma casa em chamas... Acaso? Destino?

          O destino geralmente traz um "porque", uma explicação, um motivo para o ocorrido. Quase como se dissesse que os meios são justificados no fim. Que há um propósito maior na tragédia dos inocentes ou no sorriso dos culpados e há uma causa nobre por trás de cada fato ruim que acontece.

          O acaso é diferente. Não tem padrões, não tem uma lógica positiva, nem recompensas ou punições. É aleatório, sem respostas fáceis... Nem sempre transforma o mal em bem ou o bem em mal. Ele simplesmente é, apenas acontece...
          E nenhum de nós pode fazer muito além de viver. Como a Dory da animação "Procurando Nemo" diz: "Continue a nadar."
          Alguns se deixam levar pelo "porque" do destino, outros pelo "talvez" do acaso. E ninguém sabe ou pode dizer quem está certo ou errado, mas por incrível que pareça, ter a própria convicção a respeito de um ou de outro faz toda a diferença... Qual é a sua?



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7 comentários:

Anônimo disse...

ótimo texto Danilo, parabéns

Unknown disse...

Valeu, Jhoni! Obrigado!
Agora estou voltando com tudo!
O blog terá conteúdo diário, então sempre que estiver na internet faz uma visita que vai ter coisa nova!
Obrigado pelo comentário!
Abraço!

Unknown disse...

Acredito que todos acreditam no que lhe é mais conveniente... Infelizmente na minha opinião.
Adorei o texto Dani! Ta de Parabéns!!

João Vitor disse...

Ter a incerteza do que pode vir a acontecer é o que nos motiva a lutar para que o que venha a acontecer seja satisfatório.

Nanda disse...

Acho que para cada momento há uma crença, um acreditar diferente. O que é bom na hora, é no que a pessoa acredita. Ninguém vai ter fé em algo que não o faça bem... Acho. Seria doentio, sei lá. Então... Acho que é por aí. Destino pra mim existe, mas talvez porque seja mais fácil dizer que eu não tinha o que fazer do que procurar lutar por aquilo.

Beijos, Nanda

Maxwell Christo disse...

Bom ver você escrevendo e publicando novamente.
Ampliando os horizontes de muitos e alimentando as elucubrações daqueles que pensam, refletem, valorizam as diferenças e respeitam o contraditório. Parabéns pelo excelente texto.

Penso que a vida é feita de escolhas em muitos momentos e destino em muitos outros. A consciência e o discernimentos desses ou daqueles momentos é uma dádiva.

Marcson disse...

Muito bom o texto, questionamento universal da vida de qualquer pessoa que se preze como, no minimo, "um pouco profundo". O questionamento da origem, da razao, a procura do porque é antiga, porem a compreensao parece mt longe de ser encontrada.

Acho que como solução, de forma linear, realmente encaramos "destino" diferente que encaramos o "acaso". Numa visão vertical, aí vai da fé de cada um, o acaso e o destino se confundem e se mesclam varias vezes e de varias formas. Achar a linha que divide uma e outra é muito complicado.
Mas curti muito o texo...parabens pelo texto brother!

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